Um alerta para os que usam garrafas pet pra pingar kalk
A maioria dos plásticos é marcada com números de um a sete no fundo – esses números servem para indicar como reciclar e como jogar fora o material. O tipo de garrafa plástica que normalmente é utilizada para água, refrigerante e suco é feito de polietileno tereftalato, material produzido a partir de petróleo também conhecido como PET e que recebe o número 1 estampado.
O problema em se reutilizar essas garrafas plásticas é que cada vez que elas são lavadas e enchidas novamente. Elas se tornam um pouco mais arranhadas e desgastadas, o que pode levar í sua degradação. Isso pode fazer com que um resíduo metálico chamado antimônio seja liberado, segundo Frederick S. vom Saal, professor de biologia da Universidade de Missouri, que vem estudando plásticos há anos. “Nós temos que presumir que junto com esse metal outros podem estar sendo liberados, mas não sabemos quais são e não sabemos o que procurar, porque os fabricantes não nos dizem o que mais existe nas garrafas”, declarou vom Saal.
Lynn R. Goldman, professora de saúde ambiental na Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, afirmou que a garrafa libera uma substância química chamada ftalato, mas em quantidades quase imperceptíveis. Essa substância pode interferir nos hormônios masculinos.
Um fator mais preocupante do que a liberação de substâncias é que as garrafas de água – com suas aberturas pequenas – são mais difíceis de lavar e, por isso, acumulam bactérias.
Plástico policarbonato
Alguns especialistas já demonstraram preocupação inclusive com as garrafas que têm o número sete. São garrafas de plástico duras feitas com plástico policarbonato, freqüentemente conhecidas pela marca Nalgene. Elas são do mesmo tipo de material utilizado em algumas mamadeiras, no forro de latas e outros produtos.
Grupos ambientalistas e alguns cientistas estudam a hipótese desse plástico liberar bisfenol A, uma substância química que afeta o sistema endócrino. É uma questão importante o bastante se considerarmos que, no ano passado, o Centro Nacional de Programas de Toxicologia para Avaliação dos Riscos para Reprodução Humana tenha realizado um painel com 12 especialistas para examinar estudos relacionados í substância. Ao mesmo tempo, outro grupo, também financiado pelo governo, de cerca de 40 cientistas com especialidade em bisfenol A, avaliou mais de 700 estudos relevantes.
E é aqui que as coisas ficam meio complicadas. O primeiro grupo concluiu que a exposição da maioria das pessoas í substância química estava bem abaixo dos padrões da Agência de Proteção Ambiental. Ainda assim, o painel expressou “algumas preocupações” de que a substância química poderia causar problemas comportamentais e neurológicos em fetos em desenvolvimento e crianças pequenas.
Mais estudos estão sendo conduzidos sobre certos aspectos da substância química, declarou Michael D. Shelby, diretor do centro, e um relatório final será publicado neste ano. Mas as descobertas de vom Saal, o principal autor do documento científico, são preocupantes. “Há um alto nível de preocupação sobre o dando potencial que pode ser causado pelo bisfenol A em animais”, afirmou ele, incluindo diabetes, câncer e obesidade. “A previsão, segundo esse painel, é que podemos esperar dano semelhante em seres humanos.”
E a indústria tem sua própria visão sobre o assunto. Steven Hentges, diretor executivo do grupo global de policarbonato/BPA do Conselho Americano de Química, descartou os temores quanto ao bisfenol A e afirmou que nenhum país baniu ou restringiu a utilização da substância. “Nenhum governo encontrou motivo para alarme”, afirmou ele. A Nalgene chegou í mesma conclusão.
Fonte :
http://g1.globo.com/Noticias/Economia_N ... S+EUA.htmlAqui eu uso uma embalagem vazia de kalk... deve ter um litro mais ou menos pingando a noite :) No passado cheguei a usar garrafa de coca-cola, mas com o tempo o kalk dissolve o fundo.
Não saberia dizer o quão isso pode tornar-se relevante, mas de qq forma o uso da garrafa pet nao seria ideal.