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Raias Manta

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Elder Luis
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Raias Manta

#1 Mensagem por Elder Luis »

Raias Manta
A Ciência sabe muito pouco sobre um dos maiores peixes do mundo, mas uma jovem pesquisadora resolveu observá-lo de perto em incontáveis mergulhos ao largo do litoral de Moçambique, na África, e descobriu coisas com as quais nenhum biólogo marinho contava
Por Juliette Irmer (TEXTO) e Takako Uno. Stephen Wong (FOTOS)

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As raias manta alimentam-se de zooplâncton: minúsculos crustáceos e larvas de peixes e moluscos. Enquanto nadam, elas escancaram a boca para captar a maior quantidade possível desses organismos junto com a água


QUATRO CRIATURAS enormes, com padrões simétricos em preto e branco, despontam da escuridão oceânica. Os corpos achatados terminam, de ambos os lados, em poderosas nadadeiras que se movem em câmera lenta para cima e para baixo, como asas. O grupo parece voar através da água, como pássaros gigantescos.

As raias manta (Manta alfredi) deslizam sobre o recife com a boca escancarada. Um dos animais nada na direção de dois mergulhadores, dá meia volta diante deles e exibe a barriga branca. Um flash dispara na água. Enquanto os imensos peixes continuam seu harmonioso balé em círculos, os mergulhadores se comunicam com um sinal do polegar – é hora de subir.

Duas horas mais tarde, Andrea Marshall está em sua escrivaninha, descarregando as imagens da câmera subaquática no computador. No interior da rústica estação de pesquisa de telhado de sapê, na pequena aldeia de Tofo, no sul de Moçambique, o ar está abafado. Um ventilador resfria moderadamente o ambiente. Os únicos sons que se ouvem são o do mar e o suave clique das teclas do laptop.

Marshall, de 31 anos, é bióloga marinha. Há dez anos, a norteamericana vem estudando as mantas, que estão entre os maiores peixes do mundo. Uma manta adulta pode pesar até 2 toneladas, e a envergadura de suas nadadeiras chegar a mais de 7 m – aproximadamente a largura entre as traves de um gol de futebol.

Em todo o mundo existe apenas uma única espécie de raia – ou pelo menos é o que consta no Catálogo dos Peixes, monumental obra taxonômica em três volumes, que descansa na estante de Marshall. No entanto, o mapa oceanográfico global que ela guarda na gaveta de sua mesa registra uma história diferente. Nele, a jovem pesquisadora marcou com pontinhos vermelhos e azuis todas as populações conhecidas de mantas. As cores representam duas espécies diferentes – e refletem o resultado de anos de busca de evidências para provar sua teoria: a existência de duas espécies.

Na tela do computador aparecem as imagens do mergulho do dia. Marshall e seu colega, o biólogo neozelandês Simon Pierce, conhecem três das quatro mantas que encontraram: Compass, Fifty Cent e Applepie. Os animais devem seus nomes às manchas na parte inferior do corpo e aos padrões de cicatrizes individuais. Fifty Cent, por exemplo, exibe na barriga um “5” um pouco torto e um “0”; além disso, falta a ela um pedaço da nadadeira direita, provavelmente arrancado por um tubarão – “visivelmente um ‘C’ de ‘cent’”, diz a pesquisadora.

Ela clica na imagem abdominal do quarto animal, uma fêmea. Marshall compara rapidamente os padrões de manchas dela com o das fêmeas já identificadas em seu banco de dados. O animal desconhecido recebe o nome Simba devido a um padrão parecido com uma pata de felino na barriga.

Simba é uma das 743 mantas catalogadas por Marshall. Até onde se sabe, nos oceanos do mundo existem poucas populações de mantas tão grandes como a de Tofo – e nenhuma delas foi tão bem investigada.

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O corpo em forma de losango permite que as mantas realizem manobras acrobáticas: este animal prepara-se para um looping, uma viravolta. Suas fendas branquiais, que expelem a água filtrada depois da absorção do zooplâncton, são nitidamente visíveis


AS RAIAS MANTA vivem nas regiões quentes dos oceanos. Os pontinhos no mapa de Marshall concentram-se na costa leste da Austrália, entre diversos grupos de ilhas do Pacífico, no litoral da Califórnia e no Caribe. O mapa mostra um aglomerado particularmente denso no oceano Índico: tanto na costa leste da África como ao longo do litoral da Tailândia e da Indonésia. Ninguém sabe quantas mantas existem globalmente, nem que idade esses animais atingem. Sabe-se menos ainda sobre o comportamento delas.

Marshall foi a primeira cientista a descrever o ritual de acasalamento das mantas: a fêmea no cio é acompanhada por até 20 machos. Quando ela nada para a direita, seus pretendentes também viram para a direita; quando ela se inclina para a esquerda, o grupo que a segue faz o mesmo, um balé subaquático de coreografia perfeita. Por fim, a fêmea escolhe um macho e acasala com ele. Após um período de gestação de um ano, a manta dará à luz um único filhote. Ao nascerem, essas criaturas já possuem uma envergadura de 1,5 m e são completamente independentes, desde o primeiro minuto de vida.

Em relação ao peso corporal, as mantas têm o maior cérebro entre todos os peixes. De acordo com alguns teóricos da evolução, a vida em grupo contribuiu para o seu grande desenvolvimento. As mantas se alimentam em grupo e também se reúnem em estações de limpeza, onde se deixam limpar por pequenos peixes. Além disso, parece existir uma ordem hierárquica entre os animais mais velhos e os mais jovens.

As mantas saltam regularmente para fora d’água para cair barulhentamente sobre a superfície. Marshall presume que essa conduta está ligada à comunicação dos animais. A pesquisadora considera essas criaturas altamente sociáveis e está convencida de que elas possuem personalidade: algumas seriam curiosas e brincalhonas, enquanto outras se mostrariam mais tímidas e medrosas.

A partir dos dados que colhe sobre a população ao largo de Tofo, a pesquisadora procura chegar a novas conclusões sobre a vida desses animais. Marshall sabe que cerca de metade de suas raias catalogadas são fiéis ao seu habitat, pois as avista regularmente. Em seus mergulhos, Marshall já identificou dezenas de vezes as fêmeas Compass e Fifty Cent. Porém, mais de 100 mantas registradas em seu banco de dados foram vistas apenas uma única vez em oito anos ao largo da costa de Moçambique. Coincidência?

Andrea Marshall viajou pela primeira vez para Tofo em 2001. Na época, ela estudava biologia marinha na cidade costeira de Brisbane, na Austrália, e um amigo recomendou à apaixonada fotógrafa submarina as áreas de mergulho ao largo de Moçambique.

Marshall cresceu nas proximidades de São Francisco, no litoral da Califórnia. Aos 12 anos, fez seu exame de habilitação de mergulho e, aos 15, já havia realizado 500 mergulhos. Entretanto, ela nunca tinha visto vida submarina tão rica e diversificada como nas águas do litoral moçambicano – e todos os dias ela via mantas; criaturas que, em outras regiões de mergulho do mundo, precisam ser localizadas por meio de aviões para que os mergulhadores possam ir ao seu encontro.

De volta a Brisbane, ela sugeriu a seu professor, Michael Bennett, que o estudo das raias podia tornar-se sua tese de doutorado. “Ele olhou para mim como se eu tivesse enlouquecido. Admitiu que muito pouco se sabia sobre esses animais, porque eles são raros e seu estudo, muito difícil. E acrescentou que, aos 22 anos, eu não podia, de forma alguma, preparar sozinha meu doutorado, enfiada em algum canto no meio da África”, recorda Marshall.

Mesmo assim, a jovem decidiu começar um estudo piloto. Por conta própria. Ela vendeu o carro e alguns bens em Brisbane e partiu novamente para Moçambique.

Em Tofo, Marshall foi morar em uma cabana sem energia elétrica nem água encanada. Os pescadores da aldeia, a pedido dela, a levavam até um recife e a buscavam horas mais tarde. Seu colega Simon Pierce, um especialista em tubarões-baleia, só se uniu a ela posteriormente. Por essa razão, nos primeiros anos de sua pesquisa, era obrigada a ignorar a mais importante de todas as regras de mergulho: mergulhava sozinha, sem um parceiro.

MARSHALL JÁ ESTAVA há cerca de seis meses em Tofo quando, certa tarde, analisando as fotos em seu banco de dados, ficou perplexa: algumas mantas pareciam ser bem maiores e mais escuras do que a maioria das companheiras de espécie. “Primeiro pensei que se tratavam de exemplares mais velhos”, confessa a cientista. Mas então ela começou a procurar outras diferenças. Os animais maiores pareciam não se alimentar ou nadar com os menores. Além disso, ela notou que raramente via essas raias gigantes, conhecidas como jamantas, morcegos-do-mar ou peixes-diabos (Manta birostris), enquanto que encontrava as menores (Manta alfredi) em todos os mergulhos. Será que se tratavam de dois grupos de uma mesma espécie – animais “domiciliados” em um habitat e migrantes oceânicos, como acontecia com as orcas? Aos poucos, Marshall concluiu que poderia haver outra explicação.

Quando retornou a Brisbane, 18 meses depois, ela procurou seu professor e contou a ele sobre sua descoberta e sobre sua suspeita: de que talvez existissem duas espécies distintas de raias manta. “Michael Bennett nem entrou em pormenores, mas meus dados o impressionaram.” Ele aprovou meu doutorado.

A jovem bióloga, então com 23 anos, falou de sua hipótese a outros cinco cientistas – todos respeitados peritos em raias. Nenhum deles a incentivou a prosseguir com as investigações. As mantas, argumentaram eles, estavam espalhadas por praticamente todos os oceanos do planeta, sem barreiras geográficas que favorecessem seu surgimento era muito improvável que novas espécies se desenvolvessem. Além disso, o fato de nunca terem sido encontradas diferenças na comparação do DNA de raias manta também contradizia a teoria de Marshall. OS RAIOS SOLARES já aquecem às 7 h da manhã. Marshall olha para o mar além da praia. Há quatro dias uma enorme mancha verde de um quilômetro de extensão se move ao longo da costa sul de Moçambique: é fitoplâncton, massa de algas minúsculas que formam a base da cadeia alimentar no mar. A pesquisadora tem de esperar que o vento vire de direção e empurre a florescência para fora da baía, rumo ao mar aberto, porque a densa formação de partículas suspensas reduz a visibilidade e dificulta a busca de seu objeto de estudo.

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Quando encontram plâncton adensado, as mantas dão um salto mortal para trás a fim de aproveitar ao máximo a nutrição. Este animal capta água da superfície do mar (em cima), que então flui ao longo de suas fendas branquiais, que filtram os microorganismos do plâncton. No processo de alimentação, as nadadeiras cefálicas são empregadas como funis (embaixo)


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As raias manta, como outros grandes filtradores de plâncton – tubarõesbaleia ou tubarões-peregrinos, por exemplo –, são consideradas pacíficas. Frequentemente, desde que não estejam ocupadas com sua alimentação, elas investigam mergulhadores com grande curiosidade | Pequenos peixes livram uma manta de parasitas e limpam feridas e arcos branquiais. Os gigantes do mar são capazes de passar várias horas por dia nessas estações de limpeza


No entanto, Marshall decide tentar assim mesmo. Na véspera, um grupo de mergulhadores tinha avistado jamantas. A bióloga quer instalar um transmissor de satélite em uma dessas gigantes. Para isso, Andrea utiliza dois métodos: nas raias mantas, menores, injeta os transmissores diretamente na pele. Esses dispositivos emitem um sinal diferente para cada animal, de forma contínua. Quando um deles nada a menos de 500 m de uma das estações receptoras, esta armazena a informação. Marshall ancorou 12 dessas estações ao longo de 100 km do litoral de Tofo. Desse modo, consegue saber onde os animais gostam de ficar.

Entretanto, esses transmissores são inadequados para as jamantas, que estão listadas apenas uma vez no banco de dados de Marshall. Essas criaturas gigantescas aparecem de repente, ficam um ou dois dias na baía e depois desaparecem novamente. Para onde vão? Onde se acasalam e onde dão à luz os filhotes?

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Os cientistas acreditavam que o gênero Manta consistia de uma única espécie. A bióloga marinha Andrea Marshall provou que existem pelo menos duas: uma raia menor, que vive ao redor de recifes, chamada Manta alfredi (à esquerda), e a jamanta Manta birostris, cuja envergadura pode chegar a mais de 7 metros. Os animais também diferem em detalhes anatômicos e em comportamento

Marshall está tentando provar que essas criaturas enormes migram pelos oceanos do mundo em busca de alimentos. A bióloga já conseguiu instalar um transmissor via satélite de 20 cm em nove jamantas. Toda vez que um desses animais permanece na superfície da água, o transmissor envia sua posição para um satélite. Infelizmente, porém, muitas vezes os animais perdem esses dispositivos (que podem custar até 5 mil dólares cada) após poucos meses.

A pesquisadora conduz o barco habilmente através da zona de arrebentação em direção ao mar aberto. A viagem até o recife das Mantas, a 24 m de profundidade, leva 20 minutos. Aqui se encontram diversas estações de limpeza, onde as mantas deixam que peixes pequenos eliminem parasitas e tecidos mortos ou inflamados de seu corpo. Pelo menos sete espécies de peixesfaxineiros se especializaram em áreas específicas: uns trabalham nos arcos branquiais, dentro das enormes bocas, outros limpam barrigas e outros, ainda, tratam somente de ferimentos recentes de mordidas de tubarões.

Os tubarões são os únicos inimigos naturais das mantas, que são particularmente vitimadas ao largo de Tofo: de cada quatro raias, três apresentam marcas de mordidas. Algumas não têm nadadeiras caudais e alguns machos perderam os órgãos sexuais. É um mistério por que as mantas são atacadas com tanta frequência nesta região; também não se sabe quantas morrem nesses confrontos.

Chegamos: o GPS emite um som indicando a posição do recife. Andrea Marshall e Simon Pierce colocam equipamentos de mergulho. Munidos de câmera e de uma haste de cobre de cerca de um metro de comprimento, usada para posicionar o transmissor, os dois se deixam cair de costas no mar. A correnteza está forte e a visibilidade na água turva é limitada. Os corais-pétreos (corais verdadeiros) e a magnífica paisagem subaquática, com suas fendas profundas e passagens, parecem embaçados. Os mergulhadores passam nadando por uma moreia-pintada, um peixe-leão-havaiano e uma imponente garoupa-batata. De repente, eles param.

A COMPROVAÇÃO DA EXISTÊNCIA de uma nova espécie exige documentação. Um dos critérios mais importantes são as diferenças externas. Biólogos sempre registram detalhadamente a forma e a estrutura do corpo e dos órgãos, bem como a coloração do animal. Além disso, eles devem descrever seu comportamento. Mas hoje em dia praticamente nenhuma descrição de espécie é aceita se não incluir exames genéticos.

Em 2007, Andrea Marshall deveria provar sua hipótese sem esses testes: na época, ela já tinha passado quase cinco anos estudando as raias mantas ao longo do litoral de Moçambique, mergulhara 1.300 vezes e tinha observado centenas desses peixes sob a água. Também tinha viajado ao México, à Tailândia e ao Equador para explorar as populações locais de mantas. Em seu mapa oceanográfico, o número de pontinhos cresceu: vermelhos para as pequenas raias manta e azuis para as jamantas. Mas sua teoria de que constituiam duas espécies continuava apenas teoria.

Então, em maio de 2007, Marshall viajou para a Indonésia. Nas águas ao redor de Lombock, uma ilha vizinha de Bali, jamantas eram pescadas em grandes quantidades e ela queria dissecar um dos animais. A visão de dezenas desses peixes gigantescos arpoados em um mercado a fez engolir em seco, mas ela se recompôs e abriu um macho. Colheu amostras de pele, mediu as nadadeiras abdominais, convertidas para funcionarem como órgão reprodutor. Em seguida, com a ajuda de habitantes locais, ela virou o peixe de barriga para baixo e se inclinou sobre a base curva da cauda, arqueada para fora. Cuidadosamente Marshall desprendeu a pele. E ficou chocada com o que viu.

Os ancestrais das raias possuíam um ferrão venenoso que algumas espécies têm até hoje. Mas nas mantas ele se retraiu completamente no decorrer da evolução – ou pelo menos é o que dita a doutrina tradicional. Nas mantas menores isso de fato pode ser comprovado; a própria Marshall tinha constatado sua ausência em várias autópsias. Mas do firme tecido caudal do exemplar dissecado no mercado de Lombock despontava uma diminuta ponta de poucos milímetros – um ferrão em miniatura. “Finalmente a busca tinha terminado”, relata Marshall. “Finalmente eu podia apresentar uma diferença morfológica sólida, uma prova 100% irrefutável!”

Sua onda de sorte continuou. As duas primeiras jamantas que ela equipou com transmissor via satélite receberam nomes de grandes navegadores: Cook e Magalhães. Cook perdeu seu transmissor em 22 dias; mas Magalhães desceu pela costa de Moçambique e só perdeu o seu ao sul de Durban. Em 60 dias de viagem, o peixe tinha nadado 1.100 km e, com isso, reforçado a suposição de Marshall de que as jamantas eram de fato “migrantes oceânicas”. Os resultados dos testes genéticos também confirmaram sua teoria de que existem duas espécies. Os testes de DNA que haviam contrariado sua suspeita antes aparentemente tinham sido todos realizados em animais de uma única espécie.

Em julho de 2008, Andrea Marshall apresentou seus resultados, coletados durante anos de pesquisa, em um congresso no Canadá. O gênero Manta, anunciou ela, consiste de duas espécies: a jamanta (Manta birostris) e a raia manta menor (Manta alfredi), frequentadora de recifes de corais. Após sua palestra fez-se silêncio na sala. Ao batizar as mantas dos recifes, Andrea Marshall seguiu a descrição da espécie, que datava de 1868.

ANDREA MARSHALL, ainda com os cabelos molhados, senta-se novamente à escrivaninha. O mergulho com Pierce foi infrutífero – não havia nenhuma gigante à vista. Durante todos esses anos ela teve de aprender a ter paciência, mas isso está se tornando cada vez mais difícil, pois enquanto o estudo das mantas só avança devagar, as ameaças a esses animais aumentam constantemente.

Mas um novo desafio já aguarda a bióloga. Marshall abre a gaveta de cima de sua mesa e pega o mapa oceanográfico global. Ele não exibe mais apenas pontos vermelhos e azuis, há também alguns amarelos, feitos há pouco tempo. Todos concentrados no Golfo do México e no Caribe.

Marshall conta que descobriu uma terceira espécie potencial por acaso, durante uma pesquisa na internet: “Eu vi uma foto e pensei: olha só, uma manta – mas uma que eu não conheço!”


Fonte: http://revistageo.uol.com.br/cultura-ex ... 5442-4.asp
Guia sobre BBT: viewtopic.php?f=53&t=9251
Balling: viewtopic.php?f=2&t=19273

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Elder Luis
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Re: Raias Manta

#2 Mensagem por Elder Luis »

[BBvideo 425,350]http://www.youtube.com/watch?v=eo35qNZqE94&feature=relmfu[/BBvideo]
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jose Jorge
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Re: Raias Manta

#3 Mensagem por jose Jorge »

O bicho na Estação e Limpeza é legal demais................. icon-aplauder

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Re: Raias Manta

#4 Mensagem por gabriel_noro »

quando minha prima falou que mergulhou com elas já me deu tanta raiva icon_4 icon_4 icon_4

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André Fonseca
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Re: Raias Manta

#5 Mensagem por André Fonseca »

Elder,

Excelente artigo!!!

Quando ele foi publicado?!

Pergunto isso pois hj são descritas popularmente 3 espécies de "Manta"...

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Mobula mobular

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Manta alfredi

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Manta birostris

Sendo duas do gênero Manta e uma do gênero Mobula. Entretanto a Mobula ainda não possui uma descrição mais detalhada...

São animais extremamente curiosos, "excelentes" companhias para uns bons mergulhos, desde que vc mantenha certa distância deles.
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Re: Raias Manta

#6 Mensagem por Mauro Becker »

Acho que encontrei o Avatar da segunda foto, isto esta correto Dreca?

Foi na laje de Santos.

Agradeço sempre que lembro, a força criadora de tudo que existe por esta portunidade impar, é indescritivel.

Olhei nos olhos dela, e parecia um universo de paz.
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- Passagem correta de água pelo filtro UV: 15 litros/hora por watt da lâmpada.
- Necessário se faz a passagem de no mínimo 2 vezes o volume total do aquário pela lâmpada/dia

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Re: Raias Manta

#7 Mensagem por André Fonseca »

Mauroca,

Qual Avatar?!

:roll:

Mesmo sendo animais extremamente calmos, existem registro de acidentes ao se encontrar um Manta.

Esse é um trecho do livro “Seres Marinhos Perigosos” (Instituto Ecológico Aqualung, 1998), do biólogo Marcelo Szpilman.

“Animais Traumatogenicos

Neste grupo são apresentados os animais que, apesar de raramente demonstrar qualquer comportamento agressivo, são, ainda assim, capazes de ocasionar algum tipo de trauma ou lesão de forma acidental. Porém, sem a implicação de mordidas ou a inoculação de peçonha.

A não ser no poucos casos em que podem provocar afogamento, na maioria das vezes os acidentes com esses animais não apresentam graves conseqüências.

Raias Jamanta

Peixes da classe Chondrichthyes (família Mobulidae, representada por duas espécies em nossa costa), cujas características principais são o corpo losangular, largo e de grande porte (podem atingir até 7 metros de envergadura e pesar 2 toneladas), e um par de projeções carnosas flexíveis (nadadeiras cefálicas) ao lado dos olhos. Não possuem aguilhões em sua cauda.

Costeiras e oceânicas, dos mares tropicais e subtropicais, nadam com relativa calma perto da superfície, muitas vezes com as pontas das nadadeiras peitorais saindo fora da água. Alimentam-se de organismos planctônicos e são normalmente inofensivas. Entretanto, devido ao seu enorme tamanho e força, tornam-se perigosas para os nadadores, mergulhadores e fotógrafos submarinos incautos ou imprudentes que podem, eventualmente, ser “atropelados” por ela. Nesses casos a vítima pode sofrer graves lesões traumáticas, perda de consciência e afogamento.

Os pescadores submarinos inconseqüentes que resolvam arpoá-las, serão certamente “rebocados” e, se não abandonarem a linha, poderão afogar-se também. Existem relatos de morte de mergulhadores de “narguilé” cujas mangueiras de alimentação foram rompidas acidentalmente por esses enormes animais, atraídos pelas bolhas de ar eliminadas pelo mergulhador.

Prevenção

Evite importunar ou bloquear a passagem de uma Jamanta. Nunca permaneça ou nade ao lado dela, pois basta uma pancada de sua nadadeira peitoral, mesmo sem querer, para provocar um trauma sério, como algumas costelas quebradas.”
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