experimentanto biopellets...
Enviado: 15 Abr 2011, 08:37
Estou experimentando os biopellets em alguns aquários. Com bons resultados na redução de nutrientes em excesso e melhorando consideravelmente o aspecto dos aquários. Estou juntando algumas informações colhidas e resultados de minhas experimentações...
O Método :
Redução de níveis de nitrato e fosfato por meio de consumo de bactérias heterotróficas colonizando mídia com fonte de carbono em sua composição (Biopellets)
A redução heterotrofica por meio de bactérias por meio de fonte de carbono para nitratos e fosfatos é algo desejável para manter mínimos os níveis de nutrientes no aquário. Porém como toda técnica deve sim ser usada com critério e cuidado.
A quantidade de mídia biopellets vai de acordo não com a litragem, mas com os resultados que vc quer alcançar.
Alguns animais como Soft , LPS podem sim sentir maiores dificuldades em aquários com uso de muita mídia pois vão precisar de suplementação alimentar e química para continuar se desenvolver.
Acredito que todos os aquários se beneficiem de um reator onde possa ser controlado o local de reações bacterianas.
Existem vários modelos , maiores ou menores, um dos mais acessíveis é o phosban 150 que permite fácil instalação. Existem outros modelos maiores ou menores, sempre levar em conta a necessidade de uma bomba com alguma capacidade de trabalho em pressão , pois deve-se movimentar os pellets continuamente e existirá a produção de muco no seu interior. O ideal é não usar as espumas internas pois entopem rapidamente pedindo manutenção do sistema, telas e outros recursos podem funcionar, mas uma bomba um pouco mais forte resolve o problema, para o Phosban 150 uma MJ1200 já melhora bem. Bombas menores podem ser usadas em momentos com menor quantidade de biopellets.
Nesse tempo de uso e colhendo informações de outros fóruns e revistas, cheguei a algumas regras básicas para o uso seguro de biopellets.
1- Nunca use como indicado na embalagem.
A quantidade de biopellets deve ser pequena e gradualmente aumentada pois pode gerar explosão populacional de bactérias, especialmente em aquários com excesso de nutrientes.
O ideal é começar, com quantidades entre 50 a 100 ml em aquários com 200 a 600 litros e após 3 semanas iniciar a adicão de mais mídia.
Retirar a espuma do phosban , pois entope rapidamente com o muco bacteriano. Pode-se colar tela de mosquiteiro ou usar direto sem espuma, mas para isso usar bomba com maior volume e pressão como a MaxiJet 1200
2- Possuir um bom skimmer.
Mesmo usando em quantidade controlada, irão surgir explosões de bactérias e maior quantidade de muco dissolvido na água. Um dos segredos do método é que esse muco é facilmente retirado por um skimmer e assim pode-se exportar para fora material resultante do consumo de nitrato e fosfatos, reduzindo seus níveis totais no aquário.
Além disso em eventuais explosões populacionais permitirar oxigenar a água mantendo os niveis mínimos para os demais habitantes do aquário.
3- Usar ou não UV e ozônio.
Não tem sido visto muitos problemas quando usados de modo adequado.
Tanto o UV como o ozônio vão quebrar o muco de bactérias, matar bactérias em excesso e poderão ser retirados pelo skimmer.
Acredito que se não houver um skimmer de qualidade no aquário, a quebra desse muco pode retornar os nutrientes ao sistema e por isso se o skimmer não for de bom rendimento o UV ou ozônio devem ser desligados para que a quebra não ocorra tão rapidamente. mas em sistemas bem planejados, como por exemplo ozônio dentro de skimmers, não vejo problema em seu uso.
4- Quanto mais velho seu aquário, mais calma se deve ter na introdução de biopellets no sistema.
Um sistema maduro, possui uma quantidade de nutrientes dissolvidos que são tolerados por seus habitantes por conta do seu crescimento gradual. Uma variação muito rápida nesse equilíbrio pode gerar problemas aos animais.
Assim quanto mais velho o aquário, mais lento deve ser o processo.
Em alguns aquários mais antigos, apenas 30 ml de biopellets podem deixar o aquário com explosão excessiva de bactérias. Assim o processo deve ser sempre feito com observação e paciência.
5- Suplementação de elementos
O metabolismo das bactérias além de consumir nitrato e fosfato, dependendem de outros elementos para formar o muco.
Assim devemos fazer essa suplementação para atingir o objetivo de redução.
Um dos elementos que estudos mostram ocorrer deficiência crítica é o potássio.
Uma forma é manter um regime de TPA semanal.
Outra forma é usar sais de reposição similares aos usados no método bailing.
Além disso é interessante manter uma reposição de iodo e complexo de vitaminas para manter a saúde dos corais, principalmente sps, que num ambiente de menor concentração de nutrientes necesitam ampliar suas defesas aos raios UV e manter algumas reações químicas básicas ao seu metabolismo.
6- Alcalinidade.
Apesar de toda a literatura indicar como ótimos os níveis de 11 a 14 kh para alcalinidade , pois em sistemas fechados é necessário uma margem de segurança maior para evitar variações bruscas de pH, em aquários com reatores de biopellets, o ideal é manter os níveis naturais entre 7 a 8 kh isso por conta da necessidade das bactérias de um equilíbrio ácido/básico relacionado com pH e alcalinidade para seu metabolismo e faixas adequadas. Quando em níveis mais altos a alcalinidade reduz a atividade bacteriana, afetando a efetividade do método.
Os estudos sobre o uso de biopellets são bem interessantes e apontam uma nova forma de se pensar nos processos biológicos nos aquários.
Assim como a redução de nitratos por substrato de enxofre, são metodologias antigas que estão sendo aperfeiçoadas para uso em aquários domésticos e assim devem ser sim observadas com bons olhos, mas como toda nova técnica, deve ser usada com observação contínua e paciência até que se crie um padrão de uso apropriado, até lá cada caso é um novo experimento e cada caso de sucesso ou fracasso uma fonte de dados para o desenvolvimento do futuro.
Espero que assim possamos usar em nosso favor uma boa técnica e aprimorarmos ainda mais a qualidade de nossa água.
O Método :
Redução de níveis de nitrato e fosfato por meio de consumo de bactérias heterotróficas colonizando mídia com fonte de carbono em sua composição (Biopellets)
A redução heterotrofica por meio de bactérias por meio de fonte de carbono para nitratos e fosfatos é algo desejável para manter mínimos os níveis de nutrientes no aquário. Porém como toda técnica deve sim ser usada com critério e cuidado.
A quantidade de mídia biopellets vai de acordo não com a litragem, mas com os resultados que vc quer alcançar.
Alguns animais como Soft , LPS podem sim sentir maiores dificuldades em aquários com uso de muita mídia pois vão precisar de suplementação alimentar e química para continuar se desenvolver.
Acredito que todos os aquários se beneficiem de um reator onde possa ser controlado o local de reações bacterianas.
Existem vários modelos , maiores ou menores, um dos mais acessíveis é o phosban 150 que permite fácil instalação. Existem outros modelos maiores ou menores, sempre levar em conta a necessidade de uma bomba com alguma capacidade de trabalho em pressão , pois deve-se movimentar os pellets continuamente e existirá a produção de muco no seu interior. O ideal é não usar as espumas internas pois entopem rapidamente pedindo manutenção do sistema, telas e outros recursos podem funcionar, mas uma bomba um pouco mais forte resolve o problema, para o Phosban 150 uma MJ1200 já melhora bem. Bombas menores podem ser usadas em momentos com menor quantidade de biopellets.
Nesse tempo de uso e colhendo informações de outros fóruns e revistas, cheguei a algumas regras básicas para o uso seguro de biopellets.
1- Nunca use como indicado na embalagem.
A quantidade de biopellets deve ser pequena e gradualmente aumentada pois pode gerar explosão populacional de bactérias, especialmente em aquários com excesso de nutrientes.
O ideal é começar, com quantidades entre 50 a 100 ml em aquários com 200 a 600 litros e após 3 semanas iniciar a adicão de mais mídia.
Retirar a espuma do phosban , pois entope rapidamente com o muco bacteriano. Pode-se colar tela de mosquiteiro ou usar direto sem espuma, mas para isso usar bomba com maior volume e pressão como a MaxiJet 1200
2- Possuir um bom skimmer.
Mesmo usando em quantidade controlada, irão surgir explosões de bactérias e maior quantidade de muco dissolvido na água. Um dos segredos do método é que esse muco é facilmente retirado por um skimmer e assim pode-se exportar para fora material resultante do consumo de nitrato e fosfatos, reduzindo seus níveis totais no aquário.
Além disso em eventuais explosões populacionais permitirar oxigenar a água mantendo os niveis mínimos para os demais habitantes do aquário.
3- Usar ou não UV e ozônio.
Não tem sido visto muitos problemas quando usados de modo adequado.
Tanto o UV como o ozônio vão quebrar o muco de bactérias, matar bactérias em excesso e poderão ser retirados pelo skimmer.
Acredito que se não houver um skimmer de qualidade no aquário, a quebra desse muco pode retornar os nutrientes ao sistema e por isso se o skimmer não for de bom rendimento o UV ou ozônio devem ser desligados para que a quebra não ocorra tão rapidamente. mas em sistemas bem planejados, como por exemplo ozônio dentro de skimmers, não vejo problema em seu uso.
4- Quanto mais velho seu aquário, mais calma se deve ter na introdução de biopellets no sistema.
Um sistema maduro, possui uma quantidade de nutrientes dissolvidos que são tolerados por seus habitantes por conta do seu crescimento gradual. Uma variação muito rápida nesse equilíbrio pode gerar problemas aos animais.
Assim quanto mais velho o aquário, mais lento deve ser o processo.
Em alguns aquários mais antigos, apenas 30 ml de biopellets podem deixar o aquário com explosão excessiva de bactérias. Assim o processo deve ser sempre feito com observação e paciência.
5- Suplementação de elementos
O metabolismo das bactérias além de consumir nitrato e fosfato, dependendem de outros elementos para formar o muco.
Assim devemos fazer essa suplementação para atingir o objetivo de redução.
Um dos elementos que estudos mostram ocorrer deficiência crítica é o potássio.
Uma forma é manter um regime de TPA semanal.
Outra forma é usar sais de reposição similares aos usados no método bailing.
Além disso é interessante manter uma reposição de iodo e complexo de vitaminas para manter a saúde dos corais, principalmente sps, que num ambiente de menor concentração de nutrientes necesitam ampliar suas defesas aos raios UV e manter algumas reações químicas básicas ao seu metabolismo.
6- Alcalinidade.
Apesar de toda a literatura indicar como ótimos os níveis de 11 a 14 kh para alcalinidade , pois em sistemas fechados é necessário uma margem de segurança maior para evitar variações bruscas de pH, em aquários com reatores de biopellets, o ideal é manter os níveis naturais entre 7 a 8 kh isso por conta da necessidade das bactérias de um equilíbrio ácido/básico relacionado com pH e alcalinidade para seu metabolismo e faixas adequadas. Quando em níveis mais altos a alcalinidade reduz a atividade bacteriana, afetando a efetividade do método.
Os estudos sobre o uso de biopellets são bem interessantes e apontam uma nova forma de se pensar nos processos biológicos nos aquários.
Assim como a redução de nitratos por substrato de enxofre, são metodologias antigas que estão sendo aperfeiçoadas para uso em aquários domésticos e assim devem ser sim observadas com bons olhos, mas como toda nova técnica, deve ser usada com observação contínua e paciência até que se crie um padrão de uso apropriado, até lá cada caso é um novo experimento e cada caso de sucesso ou fracasso uma fonte de dados para o desenvolvimento do futuro.
Espero que assim possamos usar em nosso favor uma boa técnica e aprimorarmos ainda mais a qualidade de nossa água.